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Assassinato de Marielle completa dois meses sem resposta

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Há exatamente dois meses, a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro. Até agora, nem a motivação para o crime, nem seus autores, foram identificados pela polícia, fato que confirma o que Leonardo Giordano, pré-candidato ao governo do estado do RJ, vem denunciando: mais de 90% dos homicídios seguem sem serem esclarecidos nas investigações no Rio. “A prevenção e elucidação dos crimes contra a vida seria o início de qualquer debate sério sobre segurança pública. Mas isso não dá visibilidade, não reverte pontos de aprovação nas próximas pesquisas, em um abraço de afogados entre os prováveis dois mais impopulares governantes de todo o planeta, ou algo assim.”

Para Giordano, as mortes de Marielle e Anderson foram um claro recado para quem denuncia de forma autêntica violações. “Corajosa mulher negra e defensora comprometida dos direitos humanos, Marielle vinha denunciando violações e cumprindo com seu dever. As comunidades pobres sofrem grave relativização de direitos, atingimos enquanto sociedade uma estranha condição onde foi naturalizado haver uma sub-cidadania territorial e de cor da pele. É um desastre humano diário”.

Os assassinatos aconteceram pouco mais de um mês após o início da intervenção no Rio e que até agora não trouxe nenhum resultado visível. A taxa de crimes aumentou, inclusive os crimes contra a vida. “Em matéria de segurança, o Rio, infelizmente, parece aquele sujeito que faz a mesma coisa todo dia esperando colher resultados diferentes. E tome ocupação, ostensividade, tiro, porrada e bomba. Baixa reflexão e muito espetáculo é o que tem nos mantido exatamente onde nós estamos”, completa Giordano.

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