Debate sobre conjuntura nacional e reforma política: “Os reacionários e conservadores podem condenar, mas a história absolverá”
Publicado em:Citando Fidel Castro, Leonardo Giordano, líder da bancada do PT na Câmara, resgata a importância histórica do Partido dos Trabalhadores na conquista de justiça social e de uma democracia política
Aconteceu, na noite de ontem (13), na Câmara Municipal de Niterói, o debate “Conjuntura Nacional e Reforma Política”, promovido pelo Partido dos Trabalhadores (PT) de Niterói. Além do vereador Leonardo Giordano, líder da bancada do PT na Câmara, compuseram a mesa o deputado federal Chico D´Angelo, o deputado estadual Waldeck Carneiro, o vice presidente nacional do PT Alberto Cantalice, o presidente do PT Niterói Carlos Mario Neto, o professor da faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), Rogerio Dultra dos Santos e o cientista político Marcus Ianoni.
Responsável pela abertura do debate, Giordano ressaltou a importância de seguir na luta por justiça social, por mais agudas que sejam as contradições do governo e do partido. Segundo ele, o PT tem uma marca história no enfrentamento à corrupção e deve continuar avançando por mais transformações e justiça. “Quando olhamos para o processo histórico e o horizonte, percebemos que, mesmo diante das falas golpistas, que pedem até mesmo o retorno do regime militar, o partido avançou historicamente”.
Ele citou Fidel Castro, quando, em seu discurso de defesa por ocasião de um julgamento, disse ‘A história me absolverá’. “Certamente será fácil explicar aos nossos descendentes que a nossa posição foi seguida sustentando o período histórico onde houve mais transformações e justiça na história do Brasil”, complementou.
“Nós condenamos a corrupção e no fundo só a esquerda pode condená-la”
Para Giordano, se a própria esquerda nasceu e cresceu em um contexto de luta democrática e esperança política, somente ela, de fato, pode lutar contra a corrupção. “Se as próprias condições para a existência da esquerda estão ligadas umbilicalmente à troca do sistema e à luta por uma sociedade de fato democrática e participativa, com distribuição das riquezas produzidas, então só a esquerda pode combater a corrupção estrutural”.
E finalizou:
“Que a gente siga batalhando, militando e enfrentando as contradições e os problemas, mas, sobretudo, tendo clareza no papel histórico do Partido dos Trabalhadores, desse ciclo de governo e da sua importância, não só para o Brasil, mas para o governo de toda a América Latina, que temos visto prosperar. Por maiores que sejam os ataques e por mais delicado que seja o momento, ainda assim que continuemos olhando com a mesma clareza de Fidel. Lutar contra o golpismo terá sido lutar pela soberania nacional, pelo desenvolvimento do nosso povo, por justiça social e no horizonte pelo socialismo”.