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Pastoral Fé e Cidadania promove roda de conversa sobre não armamento da Guarda

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Contrário ao armamento, vereador Leonardo Giordano foi um dos convidados

O vereador Leonardo Giordano (PCdoB) participou, na última segunda-feira (16), na Igreja Santuário das Almas, de uma roda de conversa sobre o armamento da Guarda Municipal, promovida pela Pastoral Fé e Cidadania. Cerca de 60 pessoas estiveram presentes para debater acerca dos riscos de mais armas na cidade. No dia 29, a Prefeitura realizará um plebiscito para consultar a população sobre a medida. Contrário ao armamento, Giordano criticou também o modelo de consulta. “Perguntar numa cédula entre ‘sim’ e ‘não’ sobre um tema delicado como este é colocar diante da população assustada e desamparada um dilema onde o resultado da consulta irá refletir muito mais num grito de socorro diante da grave crise de segurança do que exatamente uma resposta bem refletida sobre a própria pergunta”.

Ele chegou a propor, através de Indicação Legislativa, a inclusão de outras 10 perguntas de interesse da população no plebiscito, mas a Prefeitura ainda não se posicionou. “Podemos consultar outros muitos temas e assuntos, como a gratuidade no transporte público, a implementação do orçamento participativo, a regularização do comércio ambulante noturno, ou ainda a substituição das grades das praças por guardas municipais fixos. Se é uma consulta pública sobre o papel da Prefeitura na segurança a tal pesquisa deveria considerar o tema como um todo”.

Esta não é a primeira vez que a Pastoral Fé e Cidadania se engaja em debate acerca dos riscos do porte de armas. Em 2005,  realizou importante campanha na cidade durante o referendo do Estatuto do Desarmamento, mobilizando e esclarecendo a comunidade. Para além do posicionamento da Igreja Católica, de que “sem o desarmamento, a não proliferação e o controle de armas, a paz continuará sendo gravemente ameaçada”, a Pastoral elencou uma série de argumentos para o não armamento da Guarda. “Ao contrário do que o senso comum acredita, portar uma arma traz mais riscos do que segurança a qualquer pessoa, conforme inúmeras pesquisas comprovam. Seja no serviço, seja no segundo emprego, seja na folga, os guardas municipais estariam expostos a perder a vida e as próprias armas, como ocorre com os policiais militares”, disse Maria Clara Alves.

No próximo dia 24, às 18h30, Giordano promoverá um debate sobre o tema com os vendedores ambulantes na Praça São João, no Centro.

 

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