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“Economia solidária não é só um fazer de feirinhas, mas é um modo de vida.”

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A frase que ilustra essa matéria é da combativa artesã Celecina Rodrigues, uma das presentes na audiência pública que debateu os desafios e rumos da Economia Solidária durante uma audiência pública realizada na Câmara Municipal de Niterói no dia 01 de julho. Solicitada pelo mandato do vereador Leonardo Giordano – presidente da Frente Parlamentar em defesa da Ecosol da Casa Legislativa – junto ao Fórum de Economia Solidária de Niterói e a Frente Parlamentar em defesa do tema na ALERJ – o encontro reuniu mais de 100 pessoas que acreditam num país mais justo, solidário e democrático. Dentre elas, estava o deputado estadual Waldeck Carneiro, presidente da Frente da Assembleia Legislativa e co-autor da Lei 7368/2016, que cria o Fundo Estadual de Fomento da Economia Solidária (FEFEPS), e outras legislações e iniciativas que fortalecem o setor. Para Angélica Hullen, coordenadora de Economia Solidária de Niterói, a pauta é a mais democrática que existe, além de ser um modelo inovador. “A economia solidária é democrática e nos deixa grande ganho de trazer para a parcela da sociedade que não tem escolaridade, acesso ao mínimo de justiça social e inclusão”.

Celecina Rodrigues, do Fórum municipal, ressaltou a presença dos empreendimentos e do povo na audiência. “É muito importante estarmos aqui, tendo voz e dando continuidade às iniciativas de economia solidária que foram iniciadas lá atrás. Os coletivos estão há 10 anos lutando pela pauta e acreditando. Tem sido um caminhar longo e de muitos nãos, mas o momento do movimento é de continuidade às nossas propostas”. Celecina lembrou da atuação da vereadora Marielle Franco (assassinada em 14 de março de 2018) em defesa do tema e elogiou a instalação do Circuito Araribóia de Economia Solidária. “É um grande momento, mas a luta tem que continuar, ela não acaba”. O Circuito Arariboia acontece toda segunda sexta-feira de cada mês, das 7h às 21h, entre o Terminal Rodoviário de Niterói e o BayMarket, na Avenida Visconde do Rio Branco.

Para Antônio Oscar, do Fórum Estadual, a audiência é sem dúvida um passo histórico na construção da economia solidária de Niterói. “A ecosol é, acima de tudo, um movimento social que de forma organizada sistematicamente a nível federal, estadual e municipal, vem construindo essa nova economia que já existe, mas que precisa se fortalecer cada vez mais como movimento que representa grande parcela da sociedade”.

Eunice Batista Laroque, diretora do Museu de Arqueologia de Itaipu, destacou a importância da economia solidária para a autonomia das mulheres e do cooperativismo que representa o modo de vida em Itaipu. “Ali vi o quanto é importante as pessoas se cooperativarem e viverem de forma solidária. Ali entendi a importância do pescador artesanal e da participação das mulheres nessa nova economia. Se não fossem o Leonardo Giordano, o Waldeck, a militância e o empoderamento de mulheres que resistem bravamente, nada disso resistiria e avançaria como vemos”.

Depois de muito debate, troca de ideias e depoimentos, ficou decidido que dentre as prioridades do movimentos estão aprovar a  Mensagem Executiva 11/2019 que dispõe sobre a Política Municipal de Economia Popular Solidária, enviada pela Prefeitura de Niterói à Câmara de Vereadores em maio deste ano, e solicitar uma reunião com a Neltur (Niterói Empresa de Lazer e Turismo).

Confira as fotos de Victor Rocha:

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