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A exaltação da burrice

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O país amanheceu hoje com (mais uma) atitude pitoresca e chocante do governo Bolsonaro, resultado de uma mente estreita que nos envergonha e entristece como cidadãos e nação. A investida agora é sobre os recursos destinados aos cursos de Humanas em universidades, como Filosofia e Sociologia. Para Bolsonaro, “esses cursos não geram retorno imediato, como engenharia e medicina, e consomem dinheiro”, portanto, devem ser extintos. De fato, estudos e outras iniciativas que levam a questionamentos sobre si mesmo e sobre o mundo, que ajudam a olhar a realidade de forma mais crítica e a construir opiniões sólidas sobre os mais variados assuntos, não combinam com a mente tacanha do presidente, da sua turma e do projeto que eles têm para o Brasil. Este é só mais um degrau (escada abaixo) do projeto de destruição completa dos instrumentos e ferramentas que dão ao povo a capacidade de reagir, de resistir e de até mesmo reverter. A burrice que estamos enfrentando, com toda a sua face grotesca, ridícula e absurda é um elemento perigoso e terrível dos dias atuais, mas ao mesmo tempo nos dá algum nível de esperança. É possível derrotá-los. O ideólogo deste governo é um astrólogo autoproclamado filósofo. As expressões públicas desse governo contam com mentes brilhantes como Kim Kataguiri, Alexandre Frota, Joice Hasselman e Kajuru. É assustadora a face da burrice e de que o mundo das ideias deve render-se à mera impressão, aos likes e às “causações” nas redes sociais. Nossos adversários podem sim ser derrotados. Nossa indignação precisa contaminar o povo para combater a barbárie, o entreguismo e até a burrice.

 

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